O 5G já está entre nós. Agora é a hora de analisarmos quais setores devem ser os primeiros a serem impactados pela nova conectividade. E saber: qual o impacto do 5G no mundo?
Novidade
No segundo semestre de 2022, a ANATEL concedeu as faixas de frequência para operação do 5G no país. Mais recentemente, as novas antenas foram instaladas nas cidades. E todas as capitais já dispõem, de certa forma, da nova conexão.
Semáforo inteligente chama a atenção de pedestres
Primeiramente, a percepção mais evidente da nova conexão será nos smartphones pessoais. Tanto que as pessoas já buscam no mercado aparelhos compatíveis com o 5G.
Por outro lado, haverá também forte impacto também em setores econômicos e estruturais como a indústria, o sistema bancário, o Agronegócio, a Saúde, a geração de Energia e a infraestrutura nas cidades.
Por exemplo, a sociedade irá desenvolver ainda mais soluções nas áreas da Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial com essa conectividade sem fio de altíssima velocidade e baixa latência. Logo, o avanço dessas áreas trará impacto direto no modelo de produção e oferta de serviços nesses setores econômicos.
Sensores aplicados nas propriedades rurais podem ajudar a mensurar a expectativa de chuva, a quantidade irrigação e de aditivos agrícolas. Em entrevista à TV Senado, Joaci Medeiros, Coordenador técnico do Instituto CNA, disse que o 5G no Agronegócio trará um impacto de até R$ 67 bilhões de dólares na economia brasileira até 2035.
Além disso, a mesma lógica de automação e eficiência do 5G no campo também poderá ser levada para a indústria, comércio e serviços.
Segundo Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Comunicações sem Fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a infraestrutura nas cidades também será impactada.
“Câmeras monitoram áreas de tráfego e alimentam sistemas de computação em bordo ou nuvem o tempo todo. Logo, isso permitirá que um controle semafórico e o dialogue com os veículos”.
ANTENAS
Simultaneamente, diversas cidades brasileiras já se preparam com antenas para atender às novas frequências.
Segundo a ANATEL, São Paulo ativou o sinal já no início de agosto devido ao número expressivo de pedidos para instalação de antenas do 5G – acima do previsto no edital de 462 estações ativadas até 29 de setembro. Como resultado, até aquele mês, a capital paulista registrou 1.378 pedidos.
Definitivamente, a instalação das antenas ajudará na antecipação do funcionamento do 5G puro, o standalone. Do mesmo modo, as chamadas luminárias inteligentes com antenas 5G integradas são alternativa.
O uso da infraestrutura pública já existente para ampliar o acesso ao 5G é uma oportunidade para as operadoras de telefonia. Tanto que a demanda de antenas para a conectividade deve ser 5 a 10 vezes maior do que a existente no país. De acordo com o edital do 5G, o Brasil possui 103 mil antenas de comunicação para sinal de internet. No caso da nova conectividade, as antenas são menores e podem ser adaptadas à semáforos, fachadas de condomínio e iluminação pública.
“SILÊNCIO POSITIVO”
De forma paralela, uma lei federal autoriza as operadoras a instalarem infraestrutura de telecomunicações em áreas urbanas quando o órgão competente não se pronuncia sobre o pedido em 60 dias após o protocolo. O instrumento é o “silêncio positivo”. Do contrário, a legislação permite a cassação da autorização em caso de descumprimento das regras estipuladas.
Como resultado, neste momento, o edital determina que o 5G chegue a todos os municípios brasileiros até 2029. Além disso, também, a oferta do padrão mínimo do 4G mesmo em localidades com pouca ou nenhuma conexão